Levando em conta as dimensões nanométricas das fibras da Celulose Bacteriana (CB), que contrastam com as fibras de ordem micrométrica da celulose vegetal (que são 1000 vezes maiores), leva a incríveis aplicações que passam pela área médica, no desenvolvimento de materiais para regeneração de tecidos lesionados, aplicações em diagnósticos mais rápidos e de menor custo com os biosensores; até aplicações em áreas completamente diferentes, como é o caso dos dispositivos fotocrômicos, que mudam de cor em função da luminosidade, aplicações em fotônica, nos dispositivos de OLEDs (organic light emission diodes), filtragem e separação de resíduos tóxicos, biorremediação, nanomateriais, nanocompósitos, híbridos orgânico-inorgânicos, baterias, células combustíveis, entre outros.

O primeiro registro do aparecimento da celulose bacteriana data do século 19, encontrada em colônias de Gluconacetobacter xylinus em frutas em decomposição, mas a sua produção apenas começou a ser difundida e melhorada recentemente, e os maiores rendimentos de CB estão por volta de 15-20 g/L,
Na Ásia a CB é conhecida por seu uso na alimentação, sendo chamada de Nata de côco, que se assemelha muito com a nossa Maria Mole, mas com um sabor particular. É produzida em recipientes contendo diferentes tipos de chás, que servem como meio de cultura e atuam como fonte de carbono para os microorganismos.
Agora, existe um grande esforço para difundir as aplicações desse material para a indústria e a população, e ao mesmo tempo ampliar a aplicabilidade, trabalho realizado por químicos, físicos, farmacêuticos, engenheiros e biotecnólogos de algumas universidades brasileiras, como o Instituto de Química da UNESP de Araraquara, que tem várias linhas de pesquisa com este material bastante interessante.
Igor Donini
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